Santa
Isabel do Rio Nebro – AM, 14 a 24 de novembro de 2012
Como toda
pescaria e, principalmente as que envolvem a ida aos rios da Amazônia, a enorme
expectativa começa sempre, muito antes da data da pescaria (meses rss).
Desde o início de fevereiro de 2012 eu e o “véio” – Sr. Nabarro - amigo
de longa data nas pescarias pelo Amazonas, ficamos trocando informações sobre a
nossa próxima e nova aventura que só iria acontecer de 14 a 23 de novembro de
2012, foram dezenas de ligações e especulações quanto à turma nova e o nível do
rio que iríamos encontrar no período. Faltando
apenas uma semana da nossa viagem é que notei que estava realmente ansioso,
parecendo uma criança que se preparava para ir pela primeira vez à
Disneylândia. Tudo pronto: encontro realizado no aeroporto de Manaus, como das
outras vezes, muita festa e alegria pelo reencontro e claro muito chopp para inaugurar nossa temporada.
Passamos a noite em Manaus e logo cedo no outro dia fomos para o aeroporto,
pegar um voo de duas horas entre Manaus
e Santa Isabel do Rio Negro, local de nossa batalha com o grande Tucunaré Açú.
Logo na chegada a Santa Isabel notamos que o Rio Negro estava “na caixa”,
condições perfeitas para a pesca do tucunaré. Acomodamo-nos no barco hotel e
navegamos por algumas horas até nossa primeira parada, nesse tempo fomos
conhecendo melhor os novos parceiros e, aos poucos, fomos nos identificando e logo no início notei
que a turma era show, pessoal “super, nota 10”. Fiquei muito feliz em ter a certeza
que a nova turma iria se dar bem em todos os aspectos.
Saímos
logo cedo para nossa primeira batalha atrás dos gigantes Tucunas, entramos em
alguns lagos próximos e vários tucunarés borboletas se apresentaram para nossas
iscas de superfície. Resolvemos mudar de lugar e navegamos mais alguns minutos
até entrarmos em um canal estreito, quando começamos os arremessos. Notei a
proximidade de um barranco no meu lado direito, antes de chegar troquei a isca,
coloquei outra de superfície tipo zara,
bem colorida, fiz um arremesso preciso rente ao barranco, foram somente dois
toques de ponta de vara para a isca fazer uma pequena dança, quanto um súbito
sugar engole a isca e um grande rebojo aparece. Não tive duvidas de que se
tratava de um grande “tucuna”. Instintivamente confirmei a fisgada, a vara
enverga, a carretilha canta uma musica singular e maravilhosa. Com muita briga
e ajuda do piloteiro consigo trazer o bichão para o meio evitando a
possibilidade dele ir para as galhadas. Nossa!! Ele dá um meio salto, coloca
somente meio corpo para fora da água e logo percebo que esse era meu maior
tucunaré até então. O piloteiro gritou: “é peixe para mais de 20 libras!!” Fiquei
elétrico e comecei a curtir a briga com o danado. Muita força, é realmente
pesado e musculoso um tucunaré de 20 libras! O equipamento tem que ser equilibrado e
preparado para suportar a batalha, uns bons 5 minutos de briga e consigo trazer
o bocudo para próximo do barco já se rendendo. Com um puçá o piloteiro segura o
gigante, coloca no “boga grip” e confirma 20 libras, meu Record!
A
emoção é muito grande, é inexplicável estar em uma região única do mundo, com
pessoas maravilhosas e fazendo uma excelente pescaria, não tem preço! Peixe
embarcado, devidamente fotografado e
devolvido para seu habitat, abro uma bela latinha de cerveja para comemora e
tentar parar de tremer (coisa que só foi possível depois da segunda latinha
..rssss).