sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pescaria em Sta Isabel do Rio Negro - Nov/2012


Santa Isabel do Rio Nebro – AM, 14 a 24 de novembro de 2012

Como toda pescaria e, principalmente as que envolvem a ida aos rios da Amazônia, a enorme expectativa começa sempre, muito antes da data da pescaria (meses  rss).  Desde o início de fevereiro de 2012 eu e o “véio” – Sr. Nabarro - amigo de longa data nas pescarias pelo Amazonas, ficamos trocando informações sobre a nossa próxima e nova aventura que só iria acontecer de 14 a 23 de novembro de 2012, foram dezenas de ligações e especulações quanto à turma nova e o nível do rio que iríamos encontrar no período.  Faltando apenas uma semana da nossa viagem é que notei que estava realmente ansioso, parecendo uma criança que se preparava para ir pela primeira vez à Disneylândia. Tudo pronto: encontro realizado no aeroporto de Manaus, como das outras vezes, muita festa e alegria pelo reencontro e claro muito chopp para inaugurar nossa temporada. Passamos a noite em Manaus e logo cedo no outro dia fomos para o aeroporto, pegar  um voo de duas horas entre Manaus e Santa Isabel do Rio Negro, local de nossa batalha com o grande Tucunaré Açú. Logo na chegada a Santa Isabel notamos que o Rio Negro estava “na caixa”, condições perfeitas para a pesca do tucunaré. Acomodamo-nos no barco hotel e navegamos por algumas horas até nossa primeira parada, nesse tempo fomos conhecendo melhor os novos parceiros e, aos poucos,  fomos nos identificando e logo no início notei que a turma era show, pessoal “super,  nota 10”. Fiquei muito feliz em ter a certeza que a nova turma iria se dar bem em todos os aspectos.

Saímos logo cedo para nossa primeira batalha atrás dos gigantes Tucunas, entramos em alguns lagos próximos e vários tucunarés borboletas se apresentaram para nossas iscas de superfície. Resolvemos mudar de lugar e navegamos mais alguns minutos até entrarmos em um canal estreito, quando começamos os arremessos. Notei a proximidade de um barranco no meu lado direito, antes de chegar troquei a isca, coloquei outra de superfície tipo zara, bem colorida, fiz um arremesso preciso rente ao barranco, foram somente dois toques de ponta de vara para a isca fazer uma pequena dança, quanto um súbito sugar engole a isca e um grande rebojo aparece. Não tive duvidas de que se tratava de um grande “tucuna”. Instintivamente confirmei a fisgada, a vara enverga, a carretilha canta uma musica singular e maravilhosa. Com muita briga e ajuda do piloteiro consigo trazer o bichão para o meio evitando a possibilidade dele ir para as galhadas. Nossa!! Ele dá um meio salto, coloca somente meio corpo para fora da água e logo percebo que esse era meu maior tucunaré até então. O piloteiro gritou: “é peixe para mais de 20 libras!!” Fiquei elétrico e comecei a curtir a briga com o danado. Muita força, é realmente pesado e musculoso um tucunaré de 20 libras!  O equipamento tem que ser equilibrado e preparado para suportar a batalha, uns bons 5 minutos de briga e consigo trazer o bocudo para próximo do barco já se rendendo. Com um puçá o piloteiro segura o gigante, coloca no “boga grip” e confirma 20 libras, meu Record!



A emoção é muito grande, é inexplicável estar em uma região única do mundo, com pessoas maravilhosas e fazendo uma excelente pescaria, não tem preço! Peixe embarcado,  devidamente fotografado e devolvido para seu habitat, abro uma bela latinha de cerveja para comemora e tentar parar de tremer (coisa que só foi possível depois da segunda latinha ..rssss).  
Bom o restante dessa pescaria vou contar em um outro relato, que tem muita história para narrar aqui. Como sempre o Dr. Luiz e “veio” Nabarro proporcionaram muitas risadas e alegrias a todos a bordo, vou precisar de mais umas duas páginas para contar essas e outras!