sexta-feira, 6 de dezembro de 2013


PESCARIA NO LA ZONA LODGE – CONCORDIA - AGENTINA 2013

COMO TUDO COMEÇOU

No inicio deste ano meu amigo e pescador o Dr. Luiz, me liga de uma feira de pesca que estava acontecendo em São Paulo e todo animado me fala sobre uma promoção que o LA ZONA LOGDE estava fazendo, especialmente  para os participantes da feira, fiquei paralisado. Nossa, desde a primeira vez que ouvi falar dos gigantes Dourados que se pescavam em Concordia na Argentina, fiquei sonhando em realizar uma pescaria por essa região, mas os preços em U$, ainda eram um pouco além para as minhas condições e coragem para investir nessa aventura. Porém com essa notícia do Dr. Cachaça – Dr. Luiz - fiquei muito animado. O problema é que só existia uma vaga para a nossa turma (Eu, Suemi, o “Véio” e o Dr. Cachaça) em uma data um pouco complicada de 12 a 17 de setembro de 2013, íamos pegar um “friozinho” e além disso, seria 30 dias antes da nossa ida a Manaus – Santa Isabel – como fazemos a mais de 8 anos. A engenharia para resolver isso não foi muito complicada. Diante da oportunidade, não tinha muito o quer se fazer a não ser encarar mais esse desafio, que dificuldade heheheheh!!!.
Com pouco mais de 10 minutos de conversa, já estávamos em contato com o resto da turma para tentar fechar o pacote no LA ZONA LODGE, e em um pouco mais de 2 horas o Dr. Luiz (Cachaça) já estava confirmando com o pessoal do LA ZONA nossa reserva. Começa então uma sensação que há muito não sentia com a expectativa de uma pescaria. A pesca do gigante Dourado (Rei do Rio), realização de um sonho em terras Argentinas. Vale lembrar que lá já foi batido por 20 vezes o recorde mundial do Dourado, o maior já registrado com 72 libras, isso mesmo, 72 libras, aproximadamente 33 quilos, incrível né?

  PREPARANDO AS TRALHAS
Resolvido os problemas financeiros e administrativos, começamos a pesquisar tudo sobre a pescaria no LA ZONA, que tipo de vara usar, qual carretilha, linha (multi ou mono), libras, iscas, etc, etc, e etc. Fomos trocando informações e ajeitando as tralhas. Nossa equipe é formada pelo Nabarro ou “O Véio”, que é outro grande amigo e pescador, é um forte empresário em São Paulo que completa 69  anos esse ano, show! Muito divertido e fonte de inspiração para as gozações do Dr. Cachaça, que sempre, mas sempre mesmo tira ótimos sarros do “Véio”, uma garantia de grandes gargalhadas da turma. O Suemi Koshiama, outro grande empresário em Petrolina-PE, meu amigo e parceiro nas pescarias Brasil a fora. O Dr. Luís Bertocco, médico cirurgião do Hospital Albert Einstein também em São Paulo, que chamamos de Dr. Cachaça pelo motivo, óbvio! Mas ele só tem essa fama nas pescarias, ok? E eu, formamos a turma que se aventura em busca de boas pescarias a mais de 12 anos juntos.
AO LA ZONA LODGE
Partimos como planejado de Guarulhos-SP para o aeroporto Aeroparque em Buenos Aires, chegamos às 10:20 e ficamos aguardando nosso guia com uma van para nos levar até Condordia a aproximadamente 450 Km de Buenos Aires, esse trajeto era para ser feito em voo regional, mas o governo Argentino por algum motivo cancelou esses voos. Uma rápida parada para almoçar com bons vinhos e muita conversa animada sobre nossa pescaria. Chegamos ha pousada por volta das 18:40 horas, onde fomos recepcionado pela Dona Maria e seu marido, com as boas vindas e apresentações, nos acomodamos nas excelentes dependências, show! Um lugar super confortável em uma região muito bonita. Logo em seguida fomos  janta com direito a um bom vinho. Depois preparamos nossas tralhas e trocamos informações com os nossos piloteiros sobre as condições de pesca e clima. Ficamos animados pois nos disseram que se pega dourado o ano inteiro independente do clima.

AOS DOURADOS
No dia seguinte por volta das 07:30 horas já estávamos esperando a VAN que nos levaria (5 min) às margens do Rio Uruguai onde as lanchas e os guias já nos aguardavam. Assim que saímos começou uma forte chuva o que nos deixou apreensivos. Não podemos embarcar, tínhamos que esperar a chuva melhorar, pois estava com raios o que não é permitido pescar nessas condições. Nossa ficamos preocupados e o jeito foi voltar para a Pousada e aguardar, o que fizemos por aproximadamente 2 horas.  Tempo melhor mais ainda com chuva e muito frio podemos embarcar nas lanchas em direção à tão esperada pesca.

São mais 5 minutos de lanchas até o paredão da Barragem onde podemos pescar com exclusividade. Primeiro temos que entregar nossas identidades ou passaportes para que a polícia local verifique nossas licenças e permitir nossa pesca, meu barco foi o primeiro e logo em seguida a outra lancha, enquanto esperávamos o nosso guia me disse vamos dar uns lances aqui, apontando para a margem do rio a uns 10 metros à nossa frente, achei o lugar raso com muitas pedras, mas como bom pescador e doido para dar uns pinchos não pensei duas vezes e comecei a arremessar. Já no terceiro arremesso sinto uma forte pancada seca e firme, fico sem reação e nem confirmo a fisgada e logo a vara enverga e sinto um peso forte seguido de um lindo salto, começo a gritar de alegria e a briga começa, nem acredito que era possível isso, um belo dourado de 20 libras é dominado após alguns minutos, ficou eufórico e o Dr. Luiz no outro barco fica de queixo caído ao ver o lindo dourado. Pronto a pesca estava inaugurada e com grande estilo.

Logo em seguida meu parceiro Suemi fisga seu primeiro dourado em águas Uruguaias, era impressionando como em pouco tempo tivemos tantas ações. O grande lance no LA ZONA é que tem ação de dourado a cada 5 arremesso, isso mesmo, são não mais que cinco arremessos para bater um Dourado na sua isca, simplesmente impressionante a quantidade e a qualidade de Dourados.

O RESULTADO GERAL
Conseguimos pescar até ás 13:00 horas e retornamos para um aquecimento e uma boa refeição. Já na pousada os comentários e relatos dos peixes fisgados foram muitos, contabilizamos em pouco mais de duas horas de pesca mais de 15 peixes por barco, nunca tinha visto isso em minha vida. Nos dias que seguiram só fomos agraciados com muitos e muitos Dourados, o recorde da nossa turma ficou com o “véio Nabarro” um belo Dourado de 48 libras em segundo lugar o meu parceiro Suemi com um de 46 libras eu com um de 42 libras e o Dr. Luiz com 40 libras. Ao todo pescamos juntos 205 Dourados em quatro dias de pesca em clima pouco favorável, foi a nossa melhor pescaria de todas.



Já no nosso retorno, após as despedidas do pessoal da pousada, já em clima de comemoração e com gostinho de quero mais, muito mais. Resolvemos que sem dúvida alguma iriamos voltar em 2014, e como todo com pescador já fizemos nossa reserva para o próximo ano e em uma melhor época em novembro de 2014. Até lá iremos fazer outras pescarias para treinamento rsss. Em alguns dias vamos nos encontrar novamente para outra aventura em terras Amazônicas atrás dos grandes Tucunarés Açús onde se possível contarei nossa aventura.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pescaria em Sta Isabel do Rio Negro - Nov/2012


Santa Isabel do Rio Nebro – AM, 14 a 24 de novembro de 2012

Como toda pescaria e, principalmente as que envolvem a ida aos rios da Amazônia, a enorme expectativa começa sempre, muito antes da data da pescaria (meses  rss).  Desde o início de fevereiro de 2012 eu e o “véio” – Sr. Nabarro - amigo de longa data nas pescarias pelo Amazonas, ficamos trocando informações sobre a nossa próxima e nova aventura que só iria acontecer de 14 a 23 de novembro de 2012, foram dezenas de ligações e especulações quanto à turma nova e o nível do rio que iríamos encontrar no período.  Faltando apenas uma semana da nossa viagem é que notei que estava realmente ansioso, parecendo uma criança que se preparava para ir pela primeira vez à Disneylândia. Tudo pronto: encontro realizado no aeroporto de Manaus, como das outras vezes, muita festa e alegria pelo reencontro e claro muito chopp para inaugurar nossa temporada. Passamos a noite em Manaus e logo cedo no outro dia fomos para o aeroporto, pegar  um voo de duas horas entre Manaus e Santa Isabel do Rio Negro, local de nossa batalha com o grande Tucunaré Açú. Logo na chegada a Santa Isabel notamos que o Rio Negro estava “na caixa”, condições perfeitas para a pesca do tucunaré. Acomodamo-nos no barco hotel e navegamos por algumas horas até nossa primeira parada, nesse tempo fomos conhecendo melhor os novos parceiros e, aos poucos,  fomos nos identificando e logo no início notei que a turma era show, pessoal “super,  nota 10”. Fiquei muito feliz em ter a certeza que a nova turma iria se dar bem em todos os aspectos.

Saímos logo cedo para nossa primeira batalha atrás dos gigantes Tucunas, entramos em alguns lagos próximos e vários tucunarés borboletas se apresentaram para nossas iscas de superfície. Resolvemos mudar de lugar e navegamos mais alguns minutos até entrarmos em um canal estreito, quando começamos os arremessos. Notei a proximidade de um barranco no meu lado direito, antes de chegar troquei a isca, coloquei outra de superfície tipo zara, bem colorida, fiz um arremesso preciso rente ao barranco, foram somente dois toques de ponta de vara para a isca fazer uma pequena dança, quanto um súbito sugar engole a isca e um grande rebojo aparece. Não tive duvidas de que se tratava de um grande “tucuna”. Instintivamente confirmei a fisgada, a vara enverga, a carretilha canta uma musica singular e maravilhosa. Com muita briga e ajuda do piloteiro consigo trazer o bichão para o meio evitando a possibilidade dele ir para as galhadas. Nossa!! Ele dá um meio salto, coloca somente meio corpo para fora da água e logo percebo que esse era meu maior tucunaré até então. O piloteiro gritou: “é peixe para mais de 20 libras!!” Fiquei elétrico e comecei a curtir a briga com o danado. Muita força, é realmente pesado e musculoso um tucunaré de 20 libras!  O equipamento tem que ser equilibrado e preparado para suportar a batalha, uns bons 5 minutos de briga e consigo trazer o bocudo para próximo do barco já se rendendo. Com um puçá o piloteiro segura o gigante, coloca no “boga grip” e confirma 20 libras, meu Record!



A emoção é muito grande, é inexplicável estar em uma região única do mundo, com pessoas maravilhosas e fazendo uma excelente pescaria, não tem preço! Peixe embarcado,  devidamente fotografado e devolvido para seu habitat, abro uma bela latinha de cerveja para comemora e tentar parar de tremer (coisa que só foi possível depois da segunda latinha ..rssss).  
Bom o restante dessa pescaria vou contar em um outro relato, que tem muita história para narrar aqui. Como sempre o Dr. Luiz e “veio” Nabarro proporcionaram muitas risadas e alegrias a todos a bordo, vou precisar de mais umas duas páginas para contar essas e outras!